Blog

Muito tem se falado sobre Light Steel Frame e sua aplicabilidade na construção civil atualmente. Há quem defenda sua utilização e há quem considere um sistema ainda pouco explorado e, portanto, que traz consigo as complicações de um sistema novo.

Opiniões ainda continuam divididas, porém, para que possamos fazer justa comparação, é necessário entender o que é esse sistema e seus benefícios.

O Light Steel Frame, ou LSF é um método construtivo que utiliza perfis de aço galvanizado leve, produzidos em processos a frio com finalidade estrutural e que suportando as cargas da edificação, também são dispostos para servir de base para elementos de fechamento.

A tradução literal do termo em inglês é algo simples como “Estrutura em Aço Leve”.

O sistema não é exatamente novo, sendo utilizado desde o século 19, em substituição ao sistema Wood Frame, com vasto desenvolvimento no período pós-guerra, muito em razão da evolução exponencial da indústria do aço. Outro fator que contribuiu com essa evolução foi a restrição do uso de madeira por parte do governo norte-americano, que teve o objetivo de reduzir danos em decorrência de incêndios e proteger os recursos florestais.

No Brasil, sua chegada foi tardia, por volta dos anos 90, e atendia somente a edificações de padrões de renda média e alta. Porém, ao longo dos anos, esse método construtivo vem se tornando mais acessível com investimento de empresas na produção de materiais e desenvolvimento na mão-de-obra especializada.

De volta aos benefícios, consideramos que suas características únicas fazem dele um método construtivo mais eficiente e com um custo benefício superior aos outros métodos.

• Padronização de Materiais: as formas em LSF são padronizadas e produzidos por rigorosos processos industriais, isso permite maior controle de qualidade exigida pela normatização vigente, o que torna mais segura a execução, além de aumentar a durabilidade do empreendimento;
• Uso Racional e Econômico:  tendo em vista a facilidade de montagem, execução, manuseio e transporte de seus componentes, todo o sistema torna-se simplificado e sem desperdícios. Devido à leveza do material, os gastos com a fundação se tornam igualmente menores e, por fim, as placas de fechamento, sejam elas cimentícias ou de gesso acartonado, requerem menos acabamento para receber pintura ou revestimentos;
• Flexibilidade Técnica e Criativa: ainda que o sistema por si só limite em torno de 4 pavimentos, aqui abrimos um universo de possibilidades, por se tratar de um método que atende as mais variadas formas, permitindo ao projetista explorar as mais diferentes soluções técnicas ou mesmo concepções estéticas;
• Durabilidade e Desempenho: que o aço é extremamente resistente é um assunto pacificado, bem como o controle de qualidade na sua produção. Isso proporciona um material mais homogêneo, no quesito estrutural, permitindo dimensionamentos mais assertivos e que aumentam a segurança de sua utilização;
• Redução no Uso de Recursos Naturais: em uma sociedade cada vez mais preocupada com o uso dos recursos naturais, o LSF surge como uma alternativa possível, trazendo um método ecologicamente correto que, ao contrário dos materiais convencionais que degradam o meio ambiente, o aço é um dos produtos mais reciclados em todo o mundo. Além disso, sendo esse um sistema predominantemente à seco, temos o desperdício de água drasticamente reduzido.

Como qualquer método construtivo, o LSF traz consigo vantagens e desvantagens, porém os entraves aqui são predominantemente culturais, em virtude da larga vantagem em tempo de utilização de sistemas convencionais. A mão-de-obra especializada, que hoje ainda é pequena, tem tido um crescimento exponencial.

Fato é que o Light Steel Framing veio para ficar, tornando-se cada vez mais comum e devemos observar de perto a sua larga evolução no país pelos próximos anos, o que trará muitas vantagens para o construtor, consumidor final e em especial, o meio ambiente.

Gostou desse conteúdo? Confira aqui os cursos disponíveis pela ABCEM.