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Uso de estruturas mistas em edifícios ABCEM, 17/03/2023

 

O uso de estruturas mistas e a construção a seco vêm ganhando cada vez mais espaço no país e no ramo da engenharia civil em geral, principalmente, em grandes edificações.  São inúmeras as vantagens desse sistema, como a racionalização de recursos, diminuição de ruídos, limpeza no canteiro de obras e agilidade na execução do projeto.

Os projetos em que se utilizam as estruturas mistas devem atender a norma ABNT NBR 8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios e, além dela, outras normativas devem ser consideradas: 
- ABNT NBR 14.762:2010 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio;
- ABNT NBR 14.323:2013 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio;
- ABNT NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.

Agora, vamos acompanhar alguns dos elementos utilizados nesse segmento.

Construção com vigas mistas

Na construção de edifícios e pontes rodoviárias, o sistema de vigas mistas é bastante utilizado por apresentar resistência superior em comparação às vigas fabricadas apenas com aço, além de terem custos adicionais menores. Quando combinadas a pilares de concreto e a lajes steel deck, elas ganham maior rigidez e geram velocidade de execução em razão da eliminação dos escoramentos. Também é possível registrar economia na altura dos perfis e ganho de pé-direito, além da redução do consumo de aço estrutural e das proteções contra incêndio e corrosão.

Lembrando que vigas mistas são formadas por uma viga de aço e laje de concreto ou mista por meio de conectores de cisalhamento, geralmente, soldados à mesa superior do perfil metálico.

Utilização de vigas sem escoramento

Na construção civil, quando são utilizadas vigas sem escoramento, a obra fica, de certa forma, mais ágil e simples, pois o peso do próprio aço, aliado ao volume do concreto, atua apenas na parte metálica. Em geral, o escoramento é utilizado apenas quando é necessário limitar os deslocamentos verticais da viga de aço na fase construtiva.

É na introdução dos conectores de cisalhamento que está a principal mudança. Eles são os responsáveis pela transferência das tensões que surgem na interface aço-concreto e o mais utilizado é o pino com cabeça (stud bolt), que é introduzido por meio de uma pistola automática. Os studs são fixados na mesa superior da viga por eletrofusão e ficam embutidos na capa de concreto da laje.

Aplicação de pilares mistos

Para a construção de edifícios altos, os pilares mistos são bastante utilizados, mas eles também podem ser empregados em galpões, quadras esportivas cobertas ou pavilhões, locais nos quais a proteção do aço e do concreto é importante, por razões estéticas ou pela proteção contra corrosão e incêndio.

Os pilares mistos se caracterizam por uma maior ductilidade e por poder serem produzidos com menor peso. Além disso, quando comparados aos pilares metálicos, apresentam vantagens, como maior rigidez e resistência.

Aplicação de pilares revestidos

Os pilares preenchidos são constituídos de perfis tubulares recheados com concreto, dispensando armadura e fôrmas e, são conhecidos por sua leveza. Outra vantagem é que eles dispensam equipamentos especiais para a sua montagem.

Nos pilares revestidos, o elemento estrutural de aço pode ser formado por um ou mais perfis ligados entre si. Neste tipo de pilar, que exige o uso de fôrmas para concretagem, recomenda-se o uso de uma armadura para combater a expansão lateral do concreto e também para prevenir a desagregação do revestimento de concreto.

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