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ABCEM e ABNT promovem webinar sobre gestão para qualidade e segurança em estruturas de aço – NBR16775 17/05/2022

A (ABNT) Associação Brasileira de Normas Técnicas, em parceria com a ABCEM (Associação Brasileira da Construção Metálica), realizou, em 5 de maio, o webinar “Gestão referencial para qualidade e segurança nas estruturas de aço ABNT NBR 16775”. O encontro teve como objetivo tratar da gestão referencial para a qualidade e segurança nas estruturas de aço e dos impactos positivos na certificação da norma ABNT NBR 16775, que especifica os requisitos para a gestão dos processos de projeto, fabricação e montagem de estruturas de aço, estruturas mistas de aço e concreto, coberturas e fechamentos de aço.

Na abertura do evento, o presidente da ABNT, Mário Emílio Ésper, falou sobre normas ABNT em novo ambiente regulatório; apresentou os trabalhos desenvolvidos pela entidade, bem como os desafios atuais, como o atendimento à Lei 13.874/2019 sobre Liberdade Econômica; Lei 14.133/2021 sobre Licitações e Contratos Administrativos, que substitui a Lei 8.666, promovendo maior isonomia competitiva para os fornecedores e prestadores de serviços para as instituições públicas. Falou ainda sobre o Marco Regulatório, lançado recentemente pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que priorizam a aplicação de normas técnicas.

Na sequência, foi aberto o painel 1 Benefícios da certificação da ABNT NBR 16775 versus ISO 9001, apresentado pelo diretor de certificação da ABNT, Antônio Carlos Barros.

 

Antônio Carlos apresentou uma linha do tempo da ISO 9001 até chegar no lançamento da norma ABNT 16775, em 2020. Na oportunidade, explanou sobre os principais benefícios e diferenças entre esses dois padrões normativos.

 

“Quando a gente fala quais diferenças e os benefícios da utilização da 16775, falamos em um padrão normativo desenvolvido pelo setor e para o setor. Então foram técnicos e empresas pertencentes a esse segmento, que analisaram o seu padrão normativo e verificaram quais são os requisitos fundamentais para que ela possa manter as suas condições de projeto, fabricação e montagem e as condições de testes”, destacou Antônio Carlos.

“Quando a gente fala de uma norma generalista como a ISO, ela não tem aquele foco, aquele critério, aqueles requisitos para o setor. Já a 16775 é uma maior segurança ao cliente, ao usuário desse produto, além do fortalecimento da imagem do sistema construtivo em aço no mercado da construção”, acrescentando ainda a flexibilização do padrão dessa norma com o próprio padrão da ISO 9001. “Se uma empresa já tem uma estrutura, já possui um sistema baseado na ISO 9001, ela simplesmente poderá integrar os dois sistemas sem nenhum prejuízo, com redução de custos e evitando duplicidade no que diz respeito a auditoria. 

Já no segundo painel, “A cultura da conformidade e sustentabilidade do novo consumidor”, Marco Aurélio Soares Ribeiro, secretário da Comissão de Estudo da Estrutura de Aço, e diretor técnico da Medabil, iniciou contextualizando como chegou-se à norma, sua importância e também sobre o mercado da construção metálica.

“O nosso mercado da Construção Metálica, especificamente o mercado de estrutura, é um mercado que tem grande potencial de crescimento, ele ainda está num processo de amadurecimento e formação. Ele ainda é também muito heterogêneo, acho que a norma vem para ajudar nessa homogeneização. 

 

Lá trás, quando nós começamos com o selo da ABCEM, em 2013/2014, pensamos: "como a gente poderia unificar o setor, trazer algo que fortalecesse o setor e que tirássemos um pouco da concorrência desleal, que tivéssemos empresas, todos com o mesmo propósito."  Então, com o objetivo de desenvolver e fortalecer o mercado da construção metálica de forma sustentável, a ABCEM criou, em 2015, o Selo de Excelência. “O contexto na época era de trazer uma normalização, alguma coisa que certificasse nosso mercado e garantisse que o mercado da construção metálica fosse algo robusto. Ou seja, pensando no cliente, na concepção do negócio, no processo do projeto, no processo de fabricação, no processo de montagem, inclusive, depois na relação junto ao mercado e ao cliente. Então de 2016 a 2019 fizemos todo o trabalho de transformar esse selo em norma ABNT e em 2020 tivemos a publicação dessa norma”, finaliza Marco Aurélio.

 

Ao final, foi aberta pelo diretor executivo da ABCEM, Ulysses Barbosa Nunes, uma roda de conversa sobre os impactos positivos da certificação da norma. 

 

Na oportunidade, o diretor da ABCEM apresentou os trabalhos da entidade em busca da promoção do uso da construção industrializada, de atração das pequenas empresas para maior unificação do setor, bem como solicitou ao diretor técnico da empresa Dagnese Soluções Metálicas, Romano Martini, que falasse um pouco da experiência da empresa com as certificações ISO, Selo de Excelência ABCEM, e agora com a norma ABNT NBR 16775.

 

“Nós partimos do princípio da ISO 9001, depois aderimos a 14000, e quando a ABCEM já tinha o Selo de Excelência, nós fizemos as certificações junto à entidade. E, agora junto à ABNT, com a 16775. Para a empresa é de suma importância até porque nossos clientes estão criteriosos na condição de contratação. Hoje, o cliente exige um acompanhamento de todo o processo, ou seja, nós temos que ter a situação de projeto, fabricação e montagem. E hoje ele acompanha de perto todo esse processo colocando inspetores. A norma serve para balizar todo o sistema e eles agora têm um caminho para nos cobrar. Hoje, nós temos uma norma e todos têm que se adaptar a ela e nos cobrar em cima dela”, explica Romano, ressaltando a importância da certificação. 

Além de destacar a importância da adesão à certificação das pequenas e médias empresas, ele disse ainda que a norma vem colaborar com a capacitação dos profissionais. “Agora temos como mostrar para os profissionais como trabalhar”. “A certificação é muito importante e nós, da Dagnese, nos atemos ao aprimoramento e a melhoria contínua”, destacou Romano.

Na ocasião, Ulysses lembrou que existem normas de gestão internacionais de estruturas metálicas e falou também sobre o trabalho do Comitê de Estudos. 

Na oportunidade, Marco Aurélio se manifestou falando da dificuldade de trazer as empresas para discutir as normas. Ele destacou a importância da conscientização. “Quando você começa a regulamentar, as regras ficam mais claras tanto para quem vende quanto para quem está comprando”. 

Para a consultora da ABCEM, Cátia Mac Cord Simões Coelho, os aspectos positivos são muitos. “Estamos vivendo um momento de industrialização, de construção off site, em linha com o aumento de produtividade e na linha da inovação. Então, essa certificação vai permitir mapear as dores dessas pequenas e médias empresas, as necessidades de inovação na empresa para buscar criar a cultura da inovação, e sempre focada na geração de resultados. Isso é fundamental, a pequena, a média empresa precisam valorizar a NBR 16775 como caminho de consolidar esse sistema construtivo sustentável que é a construção em aço, de peças prontas que chegam no canteiro de obra; redução de tempo de execução; redução de peso de estruturas, diminuição de custo de fundação, menor geração de resíduo e de consumo de água”.

O diretor da ABCEM acredita que não tem como falar de industrialização da construção que não seja em aço, citando um vídeo que circula na internet, onde um robozinho instala tijolos e passa cimento, ressaltando que isso não é industrialização.

Ulysses Barbosa Nunes encerrou o evento com as considerações de Antônio Carlos da ABNT sobre a ISO 9001 e a NBR 16775, que destacou que a ISO é uma norma generalizada, e a NBR 16775 é uma norma setorial.

Por: Dayse Oliveira


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