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ABCEM participa de reunião sobre o Programa Rotas de Integração Sul-Americana, com a presença da Ministra Simone Tebet 13/10/2024

 

O presidente da ABCEM, Horácio Alberto Steinmann, e Ulysses Barbosa Nunes, diretor executivo da Entidade, estiveram presentes, dia 16 de agosto,  na reunião sobre o Programa Rotas de Integração Sul-Americana, com a presença da Ministra de Estado do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

O evento, que ocorreu na Fiesp, foi uma realização do Instituto Roberto Simonsen (IRS), que reuniu o DECONCIC, os Conselhos Superiores de Economia (COSEC), Comércio Exterior (COSCEX), Infraestrutura (COINFRA) e Indústria da Construção (CONSIC) da FIESP.

Na oportunidade, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, apresentou o projeto das rotas de integração sul-americanas. Para a ministra, as rotas são parte das soluções para enfrentar os desafios que assolam o Brasil.

“Esse não é somente um projeto de futuro, mas um projeto do presente. Em 2026, já teremos frutos dessas rotas de integração”, disse a ministra, ao lado do 2º vice-presidente da Fiesp, Dan Ioschpe, que também preside o Conselho Superior de Economia (Cosec) da Fiesp. “Não há dúvida de que esse é um projeto ambicioso e importante para o país”, observou ele.

Tebet ressaltou o caráter pragmático do projeto e o impacto positivo que deverá ter no PIB do Brasil, comparando-o à Reforma Tributária, cuja estimativa é de elevar em 1% o índice de crescimento da economia a partir de 2030.

“Esse não é um projeto ideológico, não é um projeto de governo, mas um projeto de Estado, que vai promover desenvolvimento, geração de empregos e produtividade”, enfatizou, estimando em 1% o incremento ao PIB do país a partir de 2026, quando a rota amazônica estiver em operação.

De acordo com a ministra, todas as obras necessárias já estão previstas no Novo PAC, o que não trará pressões sobre o orçamento. “Ou seja, não haverá impacto fiscal. E não precisaremos de todas as obras neste momento, mas uma ou duas em cada uma das rotas para ter os primeiros resultados”, argumentou.

Prevista no Artigo 4º da Constituição Federal, a integração com os países sul-americanos dará ao Brasil acesso aos mercados vizinhos. “São aproximadamente 200 mil pessoas, ou seja, um outro Brasil, além de encurtar em 10 mil quilômetros o caminho para a China”, exemplificou Simone Tebet.

Há 25 anos, o Brasil tinha outra realidade, sendo EUA, Argentina e Holanda os principais destinos das exportações brasileiras. “A China é maior parceiro comercial da atualidade, e precisamos ir atrás do que está dando certo”, defendeu. O mercado chinês poderá ser acessado a partir de portos do Chile, Peru, Equador e Colômbia.

Caminhos para a China – A rota 1, denominada Ilha das Guianas, liga o Brasil ao Panamá, por meio da Venezuela. Terá rodovia conectando o estado de Roraima à Georgetown, capital da Guiana, e chegará até Macapá, passando por Paramaribo e Cayenne, no Suriname e Guiana Francesa, respectivamente.

Principal aposta do governo, a Rota 2 é toda hidroviária do lado do Brasil e ligará Manaus à Colômbia, Equador e Peru, com expectativa de inauguração durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em Belém do Pará. “Falta melhorar o sistema de sinalização, de dragagem e resolver questões de alfândega na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia”, disse a ministra.

 “O maior investimento da China na América do Sul não está no Brasil, mas no Peru. Pensando na rota Lima-Xangai, temos a perspectiva de reduzir de 45 para 20 dias o transporte entre a zona franca de Manaus até a cidade chinesa”. O porto localizado próximo à capital peruana tem inauguração prevista para novembro deste ano.

Interligando as rotas 1 e 2, a Rota 3, chamada pela ministra de Rota do Futuro, será um caminho mais curto para as commodities brasileiras e permitirá mais negócios com a Bolívia.

A Rota 4, chamada de Bioceânica, é a que mais interessa aos industriais paulistas, restando do lado do Brasil a conclusão de obras nas proximidades da nova ponte de Itaipu, com previsão de término para 2025. Além do braço paulista, partindo do porto de Santos, a Rota 4 também ligará os portos de Paranaguá, São Francisco do Sul e Itajaí ao Chile. E a Rota 5, no extremo sul do Brasil, teve o projeto remodelado, devido ao desastre climático recente no Rio Grande do Sul.

Planejar o futuro – Durante o evento, que além do Cosec reuniu os Conselhos Superiores de Comércio Exterior (Coscex), de Infraestrutura (Coinfra) e da Indústria da Construção (Consic), representados por Jackson Schneider, Julio Ramundo e Eduardo Capobianco, respectivamente, a ministra destacou a importância do planejamento.

A ministra Simone Tebet comemorou os números da economia, destacando o recorde na criação de empregos formais, a melhora dos resultados da balança comercial e afirmou ser “a ministra do presente e do futuro, com projeto de médio e longo prazo”.

Apesar de se referir ao Brasil como um país que “gasta muito e gasta mal”, Tebet confia que, com o planejamento adequado, será possível vencer as desigualdades e elevar o nível da educação – uma de suas principais preocupações.

“Pela primeira vez na história, vamos construir uma estratégia do Brasil para os próximos 25 anos, até 2050. Precisamos saber quem somos hoje, quem queremos ser, como vamos estar daqui a 25 anos e o que vamos fazer para chegar lá. E para isso temos ouvido todos os segmentos da sociedade, para que possamos ter uma política de longo prazo no Brasil”, pontuou Tebet.

 

Fonte: Divulgação Fiesp I Alex de SouzaI Foto: Ayrton Vignola/Fiesp


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